Por Thaís Vidal
A 73ª Berlinale, que acontece na cidade de Berlim entre 16 e 26 de fevereiro de 2023, recebeu bonitos e importantes filmes brasileiros em sua programação. Apesar da grandeza dos filmes e dos esforços de seus e suas realizadoras, realizadores, produtores, equipes e elencos, que vieram participar do festival, a discreta participação de filmes brasileiros reflete os últimos anos de destruição das políticas públicas no país e por conseguinte dos fundos para o cinema, o que desestruturou o mercado ainda mais diante da pandemia.
A Berlinale tem um caráter bastante político e os filmes brasileiros exibidos aqui este ano acabam por refletir posicionamentos e temáticas relevantes para o cenário político nacional, a partir de formatos e perspectivas distintas, com beleza, drama, humor.
Os filmes exibidos:
A Rainha Diaba, dirigido por Antônio Carlos da Fontoura, em 1974, cópia restaurado com apoio do Janela de Cinema, Festival do Recife, teve sua primeira exibição fora do Brasil, e Berlim.
O estranho, longa dirigido por Flora Dias e Juruna Mallon, de São Paulo, em première mundial, traz os temas da ancestralidade, dos territórios.
Infantaria, curta dirigido por Laís, de Maceió, em première mundial, traz a temática da infância, do crescimento de uma menina e a relação com a menstruação, entrelaçada ao tema importantíssimo do aborto.
As Miçangas, dirigido por Emanuel Lavor e Rafaela Camelo, de Brasília, em première mundial, traz também o tema do aborto.
Ainda hoje, terá sessão do filme pernambucano Propriedade, dirigido por Daniel Bandeira.