A Horta Popular Agroecológica Dandara foi fundada em agosto de 2020, durante a pandemia do COVID-19, através da iniciativa da Campanha Mãos Solidárias e da Campanha Nacional Periferia Viva, como uma maneira de produzir alimentos saudáveis na periferia e de amenizar o problema da fome que foi intensificado pela pandemia do coronavírus.

O projeto conta com a assessoria técnica do Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá no processo de gestão e implementação da horta. Localizada entre as cidades de Recife e Olinda, na comunidade de Peixinhos, os agricultores urbanos (moradores da região) produzem alimentos variados no local (berinjela, manjericão, tomates, hortelã, vagem, banana, mamão, macaxeira, etc.) para consumo próprio.

O que era um terreno abandonado de 416 m², onde havia muito lixo, transformou-se num terreno produtivo. Lá, um grupo de mulheres, em sua maioria negras, se reúne em mutirões semanais para trabalhar na horta com o auxílio de Gabriel Hirata, técnico em agroecologia do Centro Sabiá. Além dos mutirões, elas se revezam para a rega diária das plantas.

A iniciativa tem o propósito de estimular a soberania alimentar, produzindo alimentos de qualidade e sem agrotóxicos para as periferias. E a rica variedade de alimentos cultivados na Horta Dandara é destinada para os participantes do projeto, que também participam de rodas de conversa e, eventualmente, de oficinas para o aprofundamento do conhecimento e incidência política.

Maria José frequenta a horta há 2 anos e conta que a rotina na horta também a auxiliou no cuidado de sua saúde mental:

“Em casa estava meio estressada e vim visitar a horta e fiquei participando. Melhorou na minha autoestima, melhorou em tudo. Chego aqui e converso com as meninas, uma diz uma coisa e outra diz outra coisa e aí começamos a trabalhar, para mim é um trabalho e diversão”, diz Maria José.

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