Inicialmente o Diretor do CCBA, Christoph Ostendorf, se mostrou bastante feliz sobre a participação do diplomata e especialista em direito ambiental, Lutz Morgenstern que recentemente fez parte da comitiva alemã na negociação do Acordo de Paris.
Lutz Morgenstern iniciou sua participação esboçando o cenário atual de instabilidade global e como o Acordo de Paris, tratado assinado em 2016, surge para promover a cooperação internacional.
Mais além, Lutz Morgenstern explica a “Energiewende”, palavra alemã que significa ¨Mudança energética¨ e descreve a opção alemã de abandonar a energia nuclear e substitui-la por energias renováveis. Desde 2006 a Alemanha consegue desvincular o consumo de energia que demonstra uma queda de 9% do créscimento econômico que obteve crescimento de 20%.
Lutz Morgenstern ressaltou, ainda, a importância do papel da Alemanha ao assumir a Presidência do G20. “Sem o G20, uma aplicação ambiciosa do Acordo de Paris é impensável”, disse o Embaixador, fazendo referência novamente ao acordo histórico assinado na capital francesa. Dessa forma, a Alemanha pretende fazer do G20 uma plataforma de diálogo aprofundado e um intercâmbio de experiências.
Tratando-se da relação Brasil e Alemanha, o Embaixador relembra fatos históricos e determinantes para a parceria climática. Um deles, foi um acordo assinado em 2015 entre a então presidente Dilma Rousseff e a chanceler alemã, Angela Merkel, onde ambas as representantes se comprometiam com a transição para uma “descarbonização” da economia global. Projetos como o Terramar e outros realizados em prol da proteção da biodiversidade e do clima da Mata Atlântica também foram citados.
Para o futuro, Lutz Morgenstern deixa uma novidade: O projeto “IKI Re-Fuels”. Ainda sem os acordos formais cumpridos, o diplomata adianta que a proposta está relacionada ao fornecimento de combustíveis oriundos de eletricidade renovável para os meios de transporte que não podem operar com energia elétrica. Como mensagem final, o convidado afirma: “Estou convencido que podemos aprender muito uns com os outros e tornar a implementação do Acordo de Paris em uma história de sucesso econômico”.
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