Foto: Mickey 17 · Berlinale Special / Divulgação

A programação da Berlinale conta com 13 filmes brasileiros, entre eles, o longa pernambucano “O Último Azul”, que concorre ao Urso de Ouro (honraria máxima do festival)

A 75ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim (Berlinale) iniciou na última quinta-feira (13) e vai até o dia 23 de fevereiro, trazendo em sua programação 243 filmes de 74 países, entre eles 13 obras brasileiras. O destaque brasileiro vai para o longa “O Último Azul”, do cineasta pernambucano Gabriel Mascaro, que concorre ao Urso de Ouro (honraria máxima do festival).

Fotos: Berlinale.de / Divulgação

Com o ator Rodrigo Santoro participando do elenco, o filme “O Último Azul” fala sobre um futuro distópico, onde uma mulher de 77 anos busca realizar seu último desejo antes de ser exilada para uma colônia habitacional. A obra foi escrita por Gabriel Mascaro em parceria com Tibério Azul, cantor e compositor pernambucano. Confira a sinopse:

“Num Brasil distópico, Tereza é uma mulher de 77 anos que mora numa cidade industrializada na Amazônia. Quando recebe um chamado do governo para abandonar sua casa e residir numa colônia habitacional para idosos, Tereza deseja realizar seu último desejo antes de ser compulsoriamente expulsa de seu lar e enviada para longe. Ela, então, embarca numa viagem pelos rios e afluentes da região, sem imaginar que essa viagem mudará o rumo de sua vida para sempre.”

(fonte: https://www.adorocinema.com/filmes/filme-1000018687/)

   Esta é a primeira vez, desde 2020, que o Brasil está na seleção principal do evento, além disso, a produção audiovisual brasileira está marcando presença em quase todas as seções do festival, dobrando sua participação em comparação ao ano de 2024, o que sinaliza uma boa fase criativa e diversificada do cinema nacional.

  A Berlinale acontece anualmente no mês de fevereiro, na cidade de Berlim, Alemanha. Trata-se de um dos festivais audiovisuais mais relevantes do mundo, funciona como uma vitrine que mostra o que está sendo produzido mundialmente. E, além das competições e exibições de filmes, o evento traz uma programação extensa de atividades formativas, debates, palestras, mercados audiovisuais, etc.

  A partir deste ano, o festival está sob a nova direção da estadunidense Tricia Tuttle. Segundo Tricia, “um festival como este é uma rejeição (…) de todas as ideias difundidas por muitos partidos de extrema-direita”

(fonte: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/rfi/2025/02/14/berlinale-e-aberta-em-clima-de-resistencia-contra-extremismos-e-com-brasil-na-disputa-pelo-urso-de-ouro.htm?cmpid=copiaecola).

A Berlinale é conhecida por ser um dos mais políticos dos grandes festivais de cinema, incitando, através de sua programação, a reflexão sobre as problemáticas do mundo contemporâneo.

Produções brasileiras selecionadas para o festival:

  • A Natureza das Coisas Invisíveis, de Rafaela Camelo [Mostra Competitiva Generation Kplus]
  • Ato Noturno, de Márcio Reolon e Filipe Matzembacher [Panorama]
  • A Melhor Mãe do Mundo, de Anna Muylaert [Berlinale Special (não competitiva)]
  • Cartas do Absurdo, de Gabraz Sanna [Forum Expanded]
  • Zizi (ou oração da jaca fabulosa), de Felipe M. Bragança [Forum Expanded]
  • Hora do Recreio, de Lúcia Murat [Mostra Competitiva Generation 14 Plus]
  • De Menor, de Caru Alves de Souza [Mostra Competitiva Generation 14 Plus Special Screening]
  • Arame Farpado, de Gustavo de Carvalho [Mostra Competitiva Generation 14 Plus]
  • Anba dlo, de Luiza Calagian [Berlinale Shorts]
  • Atardecer en América, de Matías Rojas Valencia [Mostra Competitiva Generation 14 Plus]
  • Iracema, uma transa amazônica, de Jorge Bodanzky e Orlando Senna [Forum Special]
  • Muito Romântico, de Melissa Dullius e Gustavo Jahn [Forum Expanded Anniversary]
  • O Último Azul, de Gabriel Mascaro [Competition]